quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Paneleirada

Ontem bateram-me por trás. Eram três. Ao principio assustei-me mas depois percebi que ia tudo correr bem e deixei-me ir, dando tudo que tinha para dar.

Afinal nem custou muito...foi mais o esticão no pescoço que assustou.

No final conta-se dois parachoques amolgados..

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

O problema estrutural de Portugal

Portugal atravessa uma crise longa. Provavelmente mais longa do que muitos pensam.
Sabemos por dados históricos que as crises económicas conjunturais são ciclicas, com intervalos de 7 anos. Esse fenómeno dos 7 anos já era descrito em passagens biblicas como as 7 vacas gordas e 7 vacas magras.
Este tipo de crises aparece-se fortemente, com quedas brutais na taxa de crescimento, dura um a dois anos e volta ao ritmo de crescimento.
Em Portugal estamos em crise à séculos. Um dos grandes dramas portugueses foi o equilibrio da balança de pagamentos, nomeadamente através do deficit da balança comercial, porque nunca - salvo raras excepções - soubemos exportar.
No séc 15 de grande pujança da economia portuguesa, D. Manuel I resolveu contrariar um velho ditado e achou que de Espanha vinham bons ventos e bons casamentos. Casou com Isabel de Aragão mas foi-lhe exigido pelos novos sogros que "se livrasse" dos judeus e árabes que tanta inveja provocam. Estas comunidades eram o nucleo financeiro, mercantil e tecnológico que criou as bases para o sucesso além mares de Portugal. Expulsos ou mortos e certamente perseguidos partiram para Holanda e Londres. Estas duas capitais eram uma sombra do que era Portugal na altura. No entanto com a "oferta" finaceira e tecnológica que os portugueses resolveram dar, tornaram-se em grandes centros mercantis e financeiros. Provavelmente nunca existiu uma oferta tão preciosa de um país para outros.
Desde essa altura, afogado em riqueza, com a armada mais poderosa do mundo, Portugal sempre que lhe faltava algo, nomeadamente matérias-primas, "ia buscar". India, Brasil, Africa, etc, eram "a dispensa lá de casa" sempre cheia e sem fim à vista. Continuamos a viver ofuscados com tamanha riqueza e abundância, caindo num marasmo de inovação e de projecção para um futuro que não fosse dependente desse espirito Cleptómano. Matamos uma economia apoiada em micro-empresas para uma que dependia da capacidade de roubar outros povos.
Os anos passaram e à medida que a riqueza ia diminuindo, aumentavam-se os impostos. Surge a contrução da basilica de São Paulo numa altura de falta de ouro. Obra a meio - nunca! - bulas papais! Desta forma o vaticano financia-se e os europeus que chulem os seus povos. Inglaterra revolta-se e nascem os protestantes. Portugal como carneirinho, explora os seus povos enquanto a nobreza continua a dançar em grandes eventos sociais.
Com a industrialização e surgimento da burguesia, começa a exigir-se regras, ou melhor um contracto, de forma a que estes possam realizar os seus negócios sem verem as regras alteradas a todo o momento porum rei autoritário. É o aparecimento das constituições. Uns aceitam outros tem de se revoltar para o conseguirem.
Portugal continua a não saber produzir. Vive das colónias.
Salazar sob pena da falência do país, considera as colónias portuguesas como um "país uno e indivisível". Jogada de mestre - resolveu o problema da balança comercial devido ao excesso de exportações das colónias.
A grande emigração também permitiu um elevado fluxo de remessas de emigrantes que equilibraram a B.P. Será que não foi uma estratégia de Salazar?
25 de Abril - novo desastre. Que nos restava? Recorre-se ao FMI que nos aponta as feridas da economia e nos indica o caminho a seguir. Tortuoso mas necessário. Portugal começa a actuar em alguns desses dominios e volta a ter crédito internacional. Mário Soares coloca Portugal na CEE e passamos a ter subsidios que voltam a fazer-nos esquecer do nosso problema estrutural. A produtividade e tecnologia continua nula ou reduzida.
Cavaco Silva sabendo que os subsidios não iram durar sempre tem outra medida de mestre - acaba com a equação da balança de pagamentos aderindo à moeda unica. Deixa de existir remessas de emigrantes, importações, exportações. A moeda é a mesma, a dificuldade de separar cada um destes items dentro da comunidade europeia é elevada.
Deficit publico, estado "gordo" e ineficiente, baixa produtividade, baixa escolariedade, maus hábitos e uma cultura de não premiar quem cria valor levam-nos até aos dias de hoje.
Alguma esperança surge com o actual governo que ao aplicar leis "de direita" vem criando bases para que se possa fazer esta inversão de mentalidades. Falta saber é se terão a coragem politica para tal.
Quando vejo médicos, juízes, funcionários publicos, farmaceuticas, empresas publicas e sindicatos a atacarem o governo é sinal que este está a ir no caminho certo e a mexer com maus hábitos adquiridos....hà quem lhes chame de "direitos adquiridos"
Quem sabe um dia morremos, vamos para o céu e tornamo-nos liberais...

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Decisões

Pai: "Quer tomar banho?"
Tomás: "Sim"

Pai: "Quer ir para a caminha?"
Tomás: "Não"

Pai: "Quer sentar na cadeira?"
Tomás: "Sim"

Pai: "Quer fazer uma compra alavancada no titulo da PT?"
Tomás: "?????"

Sempre achei que somos nós que complicamos o mundo das crianças.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Obra poética

Ética é algo que não se devia associar a obrar muito menos quando tem peido pelo meio...